Como elaborar plano de negócios para pequena e média empresa?

29/01/24 | Hiper-Orientações - Administrativas

COMO ELABORAR PLANO DE NEGÓCIOS

PLANO DE NEGÓCIOS EMPRESARIAIS

Plano de Negócios é um documento elaborado por especialistas (geralmente administradores, economistas, contadores e advogados) apresentando um projeto que estuda e demonstra a viabilidade econômico-financeira de um empreendimento empresarial idealizado por investidores para exploração de uma atividade econômica (indústria, comércio ou serviços) com o objetivo de remunerar o capital investido, em determinado prazo.

O Plano de Negócios Empresarial detalhará o montante de recursos a serem investidos e o prazo que deverão estar à disposição dos gestores do negócio para sua implementação operacional.

Apresentará a projeção de resultados econômicos esperados como retorno do negócio (DRE – Demonstrativo de Resultados Econômicos –  que mostra a rentabilidade sobre capital) e a forma e o tempo em que os recursos investidos retornam aos investidores (Cash-Flow – Fluxo de Caixa – que mostra a liquidez e o pay-back).

Recomenda-se com muita ênfase, que não sejam iniciados quaisquer tipos de novos negócios e que não sejam feitas quaisquer expansões de atividades operacionais, sem que os “donos” (investidores) visualizem em um Plano de Negócios, a viabilidade do que se pretende empreender, com projeções de resultados e de montante de capital a ser investido.

Ressalta-se que Plano de Negócios é apropriado para qualquer tipo de empreendimento, inclusive e muito especialmente para Pequenas e Médias Empresas, que no Brasil geralmente têm um tempo de vida útil muito curto exatamente pela falta de Planejamento por parte dos pequenos e médios empresários. 

COMO ELABORAR PLANO DE NEGÓCIOS

Plano de Negócios Sebrae

COMO ELABORAR PLANO DE NEGÓCIOS

SAIBA A NECESSIDADE DE PLANO DE NEGÓCIOS PARA PEQUENA OU MÉDIA EMPRESA

Normalmente os pequenos e médios negócios começam pela vontade de alguém, que visualiza oportunidades de montar um empreendimento, onde possa realizar sonhos pessoais e profissionais, e prosperar para ganhar aquilo que julga merecer.

É uma visão de um projeto de Vida, que pode ser ou não, atual, realista e condizente com as capacidades pessoais, profissionais e principalmente financeiras desse futuro empreendedor.

Em geral, a impetuosidade desse neo-empreendedor faz com que inicie o pequeno negócio com a cara e coragem, levantando a bandeira da FÉ e cruzando os dedos indo, de forma desabrida à frente, sem fazer estudos técnicos mais aprofundados sobre a viabilidade economico-financeira do que quer fazer.

Nessa fase, geralmente, o novo empresário se aproxima de “achólogos” – amadores que “acham” qual a melhor forma de fazer, sempre estimulado com as frases feitas para tocar o negócio com muita “garra” e o tradicional:  “vamos em frente” .

Infelizmente, essa é uma das principais razões para o fechamento precoce dos micro, pequenos e médios negócios empresariais.

Uma pesquisa disponível no site do SEBRAE, informa que:

– 29,00 % dos MICRO-EMPREENDEDORES INDIVIDUAIS-MEIs, fecham após 5 anos de atividade.

– 21,60 % das MICRO EMPRESAS, fecham após 5 anos de atividade.

– 17,00% das EMPRESAS DE PEQUENO PORTE, fecham após 5 anos de atividade.

A maior taxa de mortalidade é verificada no comércio (30,2% fecham em 5 anos) e a menor na indústria extrativa (14,3% fecham em 5 anos).

Nessa mesma pesquisa, o SEBARE apurou que os principais fatores que contribuíram para o fechamento dos negócios foram:

Pouco preparo pessoal do Empresário

Em média, 42% estavam desempregados, mas essa proporção chegou a 59% no grupo das empresas fechadas; Mais de 40% dos entrevistados eram funcionários de empresa privada antes de abrir seu próprio negócio. Outros 37% eram autônomos sem empresa constituída;

Em média, 42% fizeram alguma capacitação. Mas no grupo das empresas fechadas foi maior a proporção de quem não fez nenhuma capacitação; Entre as empresas em atividade, foi maior a proporção de quem abriu porque “identificou uma oportunidade”.

Planejamento do negócio deficiente

17% dizem não ter feito nenhum planejamento e 59% dizem ter feito para no máximo 6 meses;

Muitos deixaram de levantar informações relevantes para criar o negócio.

Gestão do negócio deficiente

Na “gestão do negócio” as empresas que sobreviveram se mostraram mais ativas;

Diferenciação/adaptação de produtos/serviços foi estratégia relevante para a sobrevivência.

Portanto, vale a pena, antes de aceitar e embarcar na sonhada empreitada, desenhar um Plano de Negócio, com todos os prós e contras, para que não se transforme o sonho em pesadelo.

Finalmente lembramos a frase célebre de Dom Quixote – Sonho que se sonha só é sonho.

Sonho que se sonha junto é realidade, ou seja, devemos formar um time unido pelos ideais e pelo trabalho, com valores semelhantes, organização e coerência em seus projetos e ética em suas ações.

QUAL A DEFINIÇÃO NO BRASIL PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS?

Há grande divergência entre os especialistas técnicos e até mesmo no Governo Federal, sobre o melhor critério a ser utilizado para a distinção do porte de empresas: pequeno, médio e grande porte.

Esses critérios, variam de acordo com a forma de quem analisa a empresa: Existem os critérios utilizados pelo Mercado Financeiro em geral e os critérios definidos pela legislação tributária. 

QUAIS OS CRITÉRIOS DISTINÇÃO DO PORTE DAS EMPRESAS PELO MERCADO FINANCEIRO BRASILEIRO?

No Mercado Financeiro existem os mais variados critérios, mas a única fundamentação legal para essa distinção está na Lei 11.638/2007, em pleno vigor, que define que a Empresa que tiver uma venda bruta anual superior a R$ 300.000.000,00 (trezentos milhões de reais) ou ativo total superior a R$ 240.000.000,00 (duzentos e quarenta milhões de reais) para fins comerciais é considerada de GRANDE PORTE.

Não há na legislação financeira, qualquer fundamentação legal para a diferença entre Micro, Pequena e Média Empresa.

O SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas e a CNI – Confederação Nacional das Indústrias,  definem como fator diferencial o faturamento e o número de funcionários:

  • MICRO EMPRESA: Faturamento anual de até R$ 360 mil ou emprega até 9 pessoas no comércio e serviços ou 19 pessoas no setor industrial.
  • PEQUENA EMPRESA: Faturamento anual de até R$ 4,8 milhões por ano ou emprega de 10 a 49 pessoas no comércio e serviços ou de 20 a 99 pessoas na indústria.
  • EMPRESA DE MÉDIO PORTE: Faturamento anual até a R$300 milhões e que emprega de 50 a 99 pessoas para o setor de comércio e serviços, e de 100 a 499 pessoas no setor industrial.
  • EMPRESA DE GRANDE PORTE:  Faturamento anual maior que R$300 milhões e que emprega 100 pessoas ou mais no setor de comércio e serviços e 500 pessoas ou mais no setor industrial.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) também possui um parâmetro próprio de definição de micro, pequenas e médias empresas para concessão de crédito, com base no faturamento anual:

– Microempresa – Menor ou igual R$ 360 mil.

– Pequena Empresa – Maior que R$ 360 mil e menor ou igual a R$ 4,8 milhões.

– Média Empresa – Maior que R$ 4,8 milhões e menor ou igual a R$ 300 milhões.

– Empresa de Grande Porte – Maior que R$ 300 milhões. COMO ELABORAR PLANO DE NEGÓCIOS

 

o que é um plano de negócio

COMO ELABORAR PLANO DE NEGÓCIOS

QUAIS SÃO OS CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO DO PORTE DAS EMPRESAS PELA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA BRASILEIRA?

As empresas pela Legislação Tributária brasileira podem ser classificadas como: micro, pequenas, médias e empresas de grande porte.

Podem ser tributadas em três tipos de regimes: Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real, assim definido: 

MICRO EMPRESAS

Consideram-se tributariamente, como microempresas, a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00. 

PEQUENAS EMPRESAS

Consideram-se tributariamente, como empresas de pequeno porte, a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00.

EMPRESAS DE MÉDIO PORTE

Consideram-se tributariamente, como empresas de médio porte, as empresas que podem optar pelo Lucro Presumido e cuja receita bruta total no ano-calendário anterior tenha sido igual ou inferior a R$ 78.000.000,00. 

EMPRESAS DE GRANDE PORTE

Consideram-se tributariamente, como empresas de grande porte, as empresas obrigadas ao Lucro Real cuja receita total no ano-calendário anterior seja superior ao limite de R$ 78.000.000,00.

Em resumo, sob o ponto de vista tributário a classificação é a seguinte:

– Micro Empresa – Faturamento anual até R$ 360.000,00;

– Pequena Empresa – Faturamento anual de R$ 360.000,01 a R$ 4.800.000,00;

– Empresa de Médio Porte – Faturamento anual de R$ 4.800.000,01 a R$ 78.000.000,00;

– Empresa de Grande Porte – Faturamento anual a partir de R$ 78.000.000,01; COMO ELABORAR PLANO DE NEGÓCIOS

 

Plano de Negócios pronto

COMO ELABORAR PLANO DE NEGÓCIOS

CONHEÇA A METODOLOGIA DE ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE NEGÓCIOS EMPRESARIAL

Frequentemente alguns ou grupos de investidores desejam participar de uma Sociedade e/ou montar um novo negócio. Tais propostas são, à primeira vista, muito atraentes e os faz sonhar com a possibilidade de terem seu próprio espaço.

Neste momento surge a primeira dúvida: Aceitar ou não? Se aceitar, dará certo ou vai se perder dinheiro, tempo e até ficar em posição ruim?

A ansiedade de ter um novo negócio é geralmente muito grande ao ponto de não avaliar com total critério. Vale a pena, antes de aceitar e embarcar nesta empreitada, desenhar um Plano de Negócios, detalhando todos os prós e contras, para que não se transforme sonho em pesadelo.

Esse Plano de Negócios deverá ser elaborado em etapas conforme detalhamos, a seguir: Planejamento Estratégico, Análises de Mercado, Projeções de Resultados Futuros, Projeções de Investimentos, Projeções de Fluxo Caixa e Projeções de Balanço Patrimonial. 

DESCUBRA COMO MONTAR O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE UM NEGÓCIO EMPRESARIAL

Um ou mais empreendedores podem ter uma IDÉIA (um sonho – uma visão – um desejo) para a abertura de um novo negócio, ou a expansão de algum já existente, que atenderia às suas expectativas de rentabilidade do capital disponível para investimento e que proporcionariam bem-estar profissional e pessoal para os participantes desse negócio empresarial. Para não ficar no terreno de hipóteses, é preciso passar a etapa seguinte tornando as meras vontades em ações de um PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO, com estratégias e táticas empresariais, que possam ser monetizadas e verificadas as suas possibilidades de sucesso e viabilidade econômico-financeira.

O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO pode ser definido como uma abordagem, uma forma de analisar situações, onde se olha para o presente pensando no futuro, buscando elementos novos e criativos para aprimorar, aperfeiçoar, melhorar, crescer, consolidar ou desenvolver um determinado empreendimento a ser montado ou a expansão de algum já existente.

ENTENDA SOBRE A FORMULAÇÃO DE ESTRATÉGIAS EMPRESARIAIS

A palavra estratégia que sempre foi muito utilizada em ações militares, desde a Grécia antiga onde se referia ao que o general fazia, passou no período pós-napoleônico a ter um conceito mais atual, abrangendo ações políticas e econômicas na busca por melhores alternativas de se alcançar a vitória. Assim ações presentes bem planejadas levariam a bons resultados futuros, ou seja, a vitória. 

Em resumo, o termo “estratégia” geralmente envolve a formulação de um plano deliberado e coordenado para alcançar um resultado desejado. Independentemente do contexto, a estratégia implica pensar de forma abrangente, antecipar desafios e oportunidades, e tomar decisões informadas para alcançar o sucesso. 

Em negócios empresariais, ESTRATÉGIA é o plano de ação de uma organização para atingir objetivos dos proprietários e cumprir metas de longo prazo. Isso inclui decisões sobre retorno de investimentos, alocação de recursos, posicionamento no mercado, desenvolvimento de produtos, entre outros, para garantir a competitividade e o sucesso a longo prazo.

Desta mesma forma a Empresa que está inserida no mercado, tem que organizar-se com os olhos no futuro, prevendo-o e, se possível, antecipando-o. 

Com pensamento fixo na ideia inicial do negócio empresarial que se quer formalizar, o passo seguinte é definir os conceitos básicos do NEGÓCIO EMPRESARIAL, explicitando claramente :

– Qual a Missão (a razão da existência da Empresa e objetivo de sua atuação);

– Quais os Valores ou Filosofias (conjunto de crenças para orientar o comportamento coletivo) e

– Qual a Visão de Futuro (a explicação do que se idealiza para a loja ou ponto, a sua referência futura, onde se pretende chegar de forma ampla e factível, ou melhor, a Grande Meta). COMO ELABORAR PLANO DE NEGÓCIOS

 

plano de negócios exemplo

COMO ELABORAR PLANO DE NEGÓCIOS

EXPLORE AS DEFINIÇÕES DE ESTRATÉGIAS EMPRESARIAIS PARA PEQUENA E MÉDIA EMPRESA 

O Conjunto de definições estratégicas formam um Planejamento Estratégico. No caso, de uma pequena e média empresa, fica mais prático e simples, que o novo empreendedor responda para si mesmo, algumas perguntas para avaliar a viabilidade de sua empreendedora ideia.

As principais perguntas, a serem respondidas, por você mesmo, entre outras, são:

O QUE?

– que tipo de NEGÓCIO vai abrir, expandir e empreender?

– que produtos oferecer?

– se irá atender apenas clientes na loja ou também fora dela?

– há algum produto que poderá oferecer que dará destaque ao novo Ponto?

PORQUE?

– porque deve iniciar este projeto?

– quais são as competências necessárias para isso, ou seja, as habilidades, competências, características pessoais e da equipe que permitirão um bom desenvolvimento?

– mudar do estado que nos encontramos hoje para sermos empreendedores ou encararmos este desafio de crescimento? 

QUEM?

– para que público ofereceremos nossos produtos – idade – localização geográfica – sexo?

– vai atender o público só masculino, só feminino ou misto?

– quem serão nossos clientes diretos e indiretos?

– qual o potencial deste público?

– com quem devemos nos associar para que nossos objetivos e metas sejam atingidas da melhor forma?

– que tipo de profissional precisamos ter ao nosso lado?

– quem são nossos possíveis concorrentes, como eles trabalham e como são vistos pelo mercado onde atuam?

COMO?

– como será produzido nosso produto; que tipo tecnologia deveremos ter?

– que competências deveremos desenvolver na equipe?

– como devemos padronizar o atendimento?

– como o mesmo será estruturado? e

– como será oferecido ao mercado e atingirá os potenciais clientes?

ONDE?

– onde estão nossos possíveis clientes?

– onde encontrar as respostas importantes de uma pesquisa de mercado e como utilizá-las para atingir nossas expectativas?

– onde estão os principais fornecedores e quais as características de seus produtos? 

QUANDO?

– quando irá começar o projeto?

– quando ele deverá iniciar seu funcionamento?

– quando é o prazo que temos para atingir as metas?

QUAL?

– qual equipamento devemos adquirir?

– qual o custo-efetividade?

– quais serão as fontes de financiamento?

– qual a tecnologia atual necessária a esse novo negócio?

– qual a mudança de tecnologia que agrega valor ou não?

–  quais elementos realmente oferecerão um diferencial, ou seja, determinado acessório melhora nosso desempenho, fortalece nossa marca, oferece maior resolutividade aos pacientes ou simplesmente será pouco utilizado?

QUANTO?

– quanto estamos dispostos a investir neste negócio?

– quanto tempo levará para atingir o ponto de equilíbrio, ou seja, ponto em que a receita cobre todos os custos e despesas do projeto, sendo que a partir daí toda receita adicional poderá transformar-se em lucro e, portanto, não haverá necessidade de se aportar capital, atingindo a sua sustentabilidade?

– quanto o mercado está habituado a pagar por serviços semelhantes?

– quanto seria o custo dos meus produtos para que eu tenha um preço competitivo sem discrepâncias e com valorização do mercado onde estamos nos inserindo?

IMPORTANTE:

É claro que estas são apenas algumas perguntas que devemos responder e que mesmo com todas estas respostas sempre, como em todo negócio ou projeto haverá a possibilidade do insucesso e de adversidades, porém quanto maior o grau de detalhamento do nosso projeto, menor o risco de sermos surpreendidos por obstáculos intransponíveis. COMO ELABORAR PLANO DE NEGÓCIOS

 

Plano de Negócio

COMO ELABORAR PLANO DE NEGÓCIOS

FAÇA ANÁLISES DO MERCADO QUE DESEJA ATUAR

Estabelecido o raciocínio das estratégicas básicas, inicia-se a fase de trabalho de análises do mercado, onde se podem utilizar várias técnicas, como por exemplo, a SWOT sigla oriunda do inglês, que é um acrônimo de Forças (Strengths), Fraquezas (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats).

Esta técnica de planejamento empresarial consiste em, a partir de previsões sistêmicas associadas a um conjunto de hipóteses de futuro, formarem-se os cenários, que antecipam (em 03 a 05 anos), dados futuros de política, economia, demografia, evolução tecnológica, dentre outros.

Daí, então realizam-se análises dos ambientes internos e externos, definindo-se pontos fortes e pontos a melhorar do NEGÓCIO,  relacionando-se com oportunidades e ameaças no Mercado.

Identificadas as oportunidades do mercado e as ameaças sofridas pela Empresa para o seu crescimento, desenham-se planos de metas levando-se em consideração perspectivas financeiras (sustentabilidade), perspectivas de clientes (mercado), processos (organização) e perspectivas de aprendizado e crescimento (pessoal).

Em cada uma destas perspectivas definem-se metas a serem alcançadas, por meio de vários planos de ações, avaliados periodicamente por indicadores de performance. Estes planos de ações são interligados e interdependentes, dando uma visão mais ampla e global do negócio.

Embora pareça complexo, na verdade essas análises de Mercado, hoje em dia, estão bastante disponíveis na Internet e existem ferramentas de Inteligência Artificial, que facilitam a prospecção de negócios de todos os tipos e tamanhos, inclusive bem acessíveis a Investidores em micro, pequenas e médias empresas.

DESCUBRA COMO FAZER PROJEÇÕES DE RESULTADOS FUTUROS

Após as definições filosóficas do PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO para a IDEIA INICIAL do empreendedor, com a formulação das estratégias empresariais e com base nas análises de Mercado, a etapa seguinte é a elaboração de projeções dos seguintes elementos formadores de resultados econômico-financeiros futuros, planilhando em Excel um DRE – DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS ECONOMICOS:

RECEITAS OPERACIONAIS

Projetar o valor das vendas esperadas para o período desejado. Recomenda-se planilhar tanto quantidades físicas (unidades de produto ou mercadorias – no caso de industrias e/ou comércio), quanto valor bruto monetário de vendas potenciais (quantidades multiplicadas pelo preço médio unitário).

As Receitas esperadas devem ser estimadas para pelo menos trás cenários distintos: OUSADO (otimista), MODERADO e CONSERVADOR ( pessimista).

Essas receitas devem ser detalhadas por produto ou grupo de produtos, por modalidade de cobrança ( dinheiro, PIX, cheques a vista, cheques pré, cartões de crédito por bandeira, cartões de débito por bandeira, vale de funcionários e etc…) inicialmente em termos físicos quantitativos e transformados em valores numéricos em R$ de acordo com cada tipo de origem da receita.

Essa projeção é por regime de competência dos exercícios e não por caixa.

Ou seja, as Receitas deverão ser reconhecidas a partir da data em que se adquiriu o direito de se cobrar pelo produto vendido, no mês em que forem entregues ao Cliente, independentemente de quando irão ser recebidas.

IMPOSTOS SOBRE VENDAS

Projetar impostos sobre vendas de produtos, mercadorias e serviços. Normalmente, IPI, ICMS e ISS. 

CUSTOS DIRETOS (VARIÁVEIS) DOS PRODUTOS, MERCADORIAS E SERVIÇOS E VENDIDOS

Com base nas Receitas projetadas, o passo seguinte é definir Custos Variáveis, também para pelo menos trás cenários distintos: OUSADO (otimista), MODERADO e CONSERVADOR ( pessimista).

Estimar os gastos com pessoal, materiais, serviços e todo o tipo de insumos diversos a serem utilizados na obtenção das receitas e a elas equivalentes ou proporcionais.

Essa projeção TAMBÉM é por regime de competência dos exercícios e não por caixa.

Ou seja, os Custos não deverão ser reconhecidos no mês de pagamento, mas sim no mês da venda a que estão ligados, ou seja na apuração do custo das mercadorias vendidas e para os demais custos variáveis a partir da obrigação assumida com Empregados (comissões) , Empresas de Cartões (deságios), Estabelecimentos Bancários (operações financeiras casadas com vendas), e Governo ( impostos sobre vendas), conforme o mês em que forem vendidos os produtos, independentemente de quando irão ser pagos. 

CUSTOS INDIRETOS (SEMI-VARIÁVEIS E SEMI-FIXOS) DE PRODUTOS, MERCADORIAS E SERVIÇOS

Projetar os custos semi-variáveis e semi-fixos de produtos, mercadorias e serviços que seja apropriáveis ao custo das respectivas vendas.

Essa projeção TAMBÉM é por regime de competência dos exercícios e não por caixa. 

DESPESAS OPERACIONAIS

Projetar as despesas fixas, semi-fixas e semi-variáveis, referentes a despesas comerciais e administrativas necessárias à manutenção da infra-estrutura e logística de operacionalização do negócio, TAMBÉM por regime de competência dos exercícios e não por caixa, quando foram pagos. 

DESPESAS FINANCEIRAS

Projetar as despesas com encargos financeiros com o financiamento da operação do negócio. 

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS ECONÔMICOS – DRE

Após o preenchimentos de todas as planilhas analíticas das RECEITAS, CUSTOS E DESPESAS, preencher uma planilha sintética que demonstre:

– MARGEM OPERACIONAL BRUTA;

– MARGEM OPERACIONAL LÍQUIDA;

– GERAÇÃO LÍQUIDA DE CAIXA – EBTIDA;

– RESULTADOS EXTRA-OPERACIONAIS;

– TRIBUTOS SOBRE RESULTADOS;

– RESULTADO LÍQUIDO FINAL

Após todo o Planilhamento das Receitas Projetadas nos 3 cenários –  OUSADO (otimista), MODERADO e CONSERVADOR ( pessimista)), com os correspondentes Custos Variáveis, com a projeção dos Investimentos e das Despesas Fixas, sintetizar no DRE -Demonstrativo do Resultado Econômico e projetar três opções de tributação: SIMPLES NACIONAL, Lucro Presumido e Lucro Real, para comprovar qual delas é mais vantajosa e por quais períodos de tempo.

Se a Planilha do Demonstrativo de Resultados Econômicos – DRE apresentar inviabilidade econômica, refazer todo o processo reprojetando RECEITAS, CUSTOS VARIÁVEIS, INVESTIMENTOS e DESPESAS FIXAS, tantas vezes quantas sejam necessárias, até que o número final do DRE apresente a viabilidade econômica do Negócio. COMO ELABORAR PLANO DE NEGÓCIOS

 

Como fazer um Plano de Negócios

COMO ELABORAR PLANO DE NEGÓCIOS

AVALIE PROJEÇÕES DE INVESTIMENTOS

Com o conhecimento do volume de Receitas Operacionais, Custos e Despesas Operacionais, torna-se necessário projetar agora, os INVESTIMENTOS que se fazem necessários para a pré-operação e a operação do NEGÓCIO que está sendo projetado.

Dessa forma, planilhar as inversões monetárias a serem feitas nas aquisições de Terrenos, Edificações, Benfeitorias em Imóveis de Terceiros, Instalações Industriais, Instalações Comerciais, Equipamentos, Máquinas, Ferramentas Especiais, Veículos, Móveis, Utensílios, Hardware, Software, Marcas e Patentes e todo tipo de bens e direitos que venham a integrar os Ativos Imobilizados Tangíveis e Intangíveis da Empresa.

EFETUE PROJEÇÕES DE FLUXO DE CAIXA (CASH-FLOW) 

Só após a constatação da viabilidade econômica é que se inicia a projeção financeira desse Negócio que se contata potencialmente viável, para que em um Cash-Flow (Fluxo de Caixa) fique demonstrado de onde e quando virão os recursos monetários e para onde e quando esses recursos serão aplicados.

Após concluídas as validações do planilhamento das Projeções de Resultados, elaborar planilhas analíticas da expectativa de recebimentos e pagamentos, por prazos e valores, em função das RECEITAS, CUSTOS e DESPESAS projetadas por regime de competência anteriormente:

– PROJEÇÃO DE RECEBIMENTO DE VENDAS OPERACIONAIS;

– PROJEÇÃO DE PAGAMENTOS DE CUSTOS OPERACIONAIS DIRETOS;

– PROJEÇÃO DE PAGAMENTOS DE CUSTOS OPERACIONAIS INDIRETOS;

– PROJEÇÃO DE PAGAMENTOS DE DESPESAS FIXAS, SEMI-VARIÁVEIS E SEMI-FIXAS;

– PROJEÇÃO DE PAGAMENTOS DE TRIBUTOS;

– PROJEÇÃO DE PAGAMENTOS DE EMPRÉSTIMOS;

Esse Fluxo de Caixa mostrará os níveis de liquidez, demonstrando o Capital de Giro Próprio que será necessário manter a cada período para que sejam minimizados os efeitos de crises externas, buscando neutralizar efeitos negativos que possam gerar custos financeiros desnecessários e que possam reduzir a rentabilidade já demonstrada no DRE. O Cash-Flow mostra a viabilidade financeira do projeto.

REALIZE PROJEÇÕES DO BALANÇO PATRIMONIAL

A última etapa do Plano de Negócios é a consolidação de todos as projeções anteriores.

O ATIVO terá:

– as suas DISPONIBILIDADES pela Projeção do Fluxo de Caixa;

– o CONTAS A RECEBER das Projeções de Vendas com a Projeção do Fluxo de Caixa;

– os INVESTIMENTOS e o ATIVO PERMANENTE das projeções dos INVESTIMENTOS;

O passivo TERÁ:

– As EXIGIBILIDADES pela Projeção do Fluxo de Caixa;

– O PATRIMONIO  LÍQUIDO  pelo somatório do Capital Social Integralizado com as Projeções dos Demonstrativos de Resultados Econômicos – DREs. 

VEJA UM BREVE RESUMO DA METODOLOGIA DA ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE NEGÓCIOS PARA PEQUENA E MÉDIA EMPRESA BRASILEIRA

1ª. Etapa – Formulação de um Plano estratégico

Definição da Ideia Inicial do Empreendedor

Visão geral do empreendimento, missão, visão e valores.

Breve descrição dos produtos/serviços a serem oferecidos.

Objetivos e Metas de curto e longo prazo.

2ª. Etapa – Análise de Mercado

Análise do setor e do Mercado em geral.

Carências e demandas principais no Mercado.

Identificação de concorrentes, clientes em potencial e fornecedores essenciais.

Impedimentos legais para novos entrantes.

Público-alvo e personas.

3ª. Etapa – Definições de Organização e Gestão

Estrutura organizacional.

Perfil da equipe de gestão.

Funções e responsabilidades.

4ª. Etapa – Produtos, Mercadorias  e/ou Serviços:

Descrição detalhada dos produtos, mercadorias e/ou serviços.

Benefícios para o cliente.

Diferenciais em relação à concorrência.

5ª. Etapa – Estratégias de Marketing:

Plano de posicionamento de mercado.

Estratégias de promoção e publicidade.

Canais de distribuição.

Análise SWOT: Forças (Strengths), Fraquezas (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats) da empresa.

6ª. Etapa – Levantamento de Riscos e Contingências

Identificação de possíveis riscos.

Planos de contingência.

Detalhes sobre implantação do empreendimento.

Cronograma de atividades e marcos importantes.

Identificação de Indicadores-chave de desempenho.

Definição de Métodos de monitoramento e avaliação do progresso. 

7ª. Etapa – Plano Operacional

Processos de produção ou prestação de serviços.

Necessidades de fornecedores e parcerias.

Localização e instalações.

Máquinas, Equipamentos, Móveis e Utensílios, Hardware e Software

8ª. Etapa – Plano Econômico-Financeiro

Projeções de Receitas Operacionais.

Projeções de Custos Operacionais (Variáveis, Semi-variáveis e Semi-Fixos).

Projeções de Despesas Operacionais (Fixas, Semi-Fixas e Semi-Variáveis).

Projeções Financeiras (Fluxo de Caixa).

Investimentos iniciais e fontes de financiamento.

Análise de ponto de equilíbrio.

9ª. Etapa – Conclusões Finais

Análises detalhadas da viabilidade econômica – EBTIDA e retorno de capital investido;

Análises detalhadas da viabilidade financeira – Liquidez, Capital de Giro, Fontes de Financiamento.

10ª. Etapa – Decisão sobre continuar ou desistir

Reunião de sócios/investidores para decidir quanto às conclusões finais. Se viável – continuar e em que termos e condições. Se inviável – desistir e pensar no próximo empreendimento que seja viável. COMO ELABORAR PLANO DE NEGÓCIOS

 

plano de negócios do sebrae

COMO ELABORAR PLANO DE NEGÓCIOS

CONCLUSÕES FINAIS SOBRE PLANO DE NEGÓCIOS PARA PEQUENA E MÉDIA EMPRESA BRASILEIRA

Portanto, está bastante claro, pela descrição feita e aqui apresentada, sobre elaboração de Plano de Negócios, que se trata de matéria complexa, principalmente para pequenas(os) e médias(os) empresárias(os) e que requer envolvimento de profissionais especializados e experientes no assunto, já que envolve múltiplos aspectos administrativos, tributários, contábeis e jurídicos, para sua execução e validação.

É um trabalho que requer metodologia e conhecimento técnico, com muitas minúcias e que demandará um razoável número de horas de dedicação exclusiva, para sua elaboração, análise e interpretação do Administrador, de várias versões em minuta, antes de apresentar uma Versão Final para a decisão dos sócios e outros investidores.

No entanto, não há dúvida em afirmar de que o tempo que for despendido na execução desse Plano de Negócios, será largamente compensado na ocasião da operacionalização do empreendimento, trazendo uma maximização dos recursos empregados e uma grande minimização de esforços e frustrações com o que se apresentar na realização das atividades cotidianas.

Para isso, você pode contar no Mercado brasileiro, com inúmeros profissionais administradores, contadores e advogados que poderão auxiliar ou até mesmo estruturar um Plano de Negócios, que lhe permita verificar a viabilidade econômico-financeira do empreendimento que pretende realizar, ajudando-o na decisão de fazer ou não e colaborando na implantação e manutenção do que decidir fazer. 

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ATENÇÃO:Este conteúdo é protegido por Direitos Autorais, Copywriter e LGPD.
Autor: José da Rocha Pereira 
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Pós-Graduado Planejamento Tributário – MACKENZIE-RJ
CEO do Grupo Hiper Serviços de Contabilidade 
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